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Imagem de Divulgação Disney + editada |
Andor é uma jornada de despertar. De um sono metafórico da indiferença sob a sombra da opressão, para a ignição de uma chama que não pode mais ser apagada – a revolta.
👻 Expresso Literacine #02
☕ Série: Andor, Disney +
A série fala sobre essas pequenas faíscas, que podem se tornar a chama da resistência que o Império teme, pois das faíscas nascem o sonho da liberdade.
Para entender essa trajetória, é essencial olhar o Manifesto de Nemik e o discurso de Maarva. Eles refletem os estados e as passagens de Andor, da apatia à ação. São discursos que sustentam e entrelaçam a trama, conectando o sono à faísca, e a faísca ao incêndio.
A revolta é a recusa de aceitar a opressão, um ato de resistência que nasce da indignação e da coragem de confrontar a injustiça. Na série Andor, a revolta é o despertar da consciência para a luta pela justiça.
Ainda podemos nos questionar, mas o que é justiça? Em Andor, ela é fluida, variável, moldada pela posição e pelas condições de quem a enxerga. Para Cassian no início, a justiça é algo distante e inconquistável, um ideal inalcançável diante da força do Império. Para Nemik e Maarva a justiça se transforma em um ideal coletivo, que só pode ser alcançado por meio da resistência e do sacrifício.
Mas para Cassian a justiça muda de aspectos e ganha contornos.
👻 A segunda temporada já foi anunciada.{alertInfo}
O Sono
Mas nós estávamos dormindo. Eu estive dormindo. E eu estive me afastando da verdade que não queria enfrentar. –Maarva
No início, vemos um Cassian Andor consciente dos problemas e da presença do Império, mas ainda adormecido em sua indiferença. Indiferente, talvez se vendo pequeno diante da imensidão do poder imperial, não sente haver razão em lutar. Temos um Cassian solitário, em busca, dos seus próprios interesses, mas que acaba cometendo um erro e sendo procurado pelo império, ainda em seu estado de sono, lembra de algo?
Haverá momentos em que a luta parecerá impossível. Eu já sei disso. Sozinho, inseguro, pequeno diante da grandeza do inimigo. – Nemik
O termo “dormir” volta a aparecer, no episódio “Rix Road” (Episódio 12), em um dos momentos mais inspiradores de Maarva, mas que era cedo demais para ele entender o significado das suas palavras.
"Nós tínhamos Ferrix. Mas nós estávamos dormindo. Eu estive dormindo. E eu estive me afastando da verdade que não queria enfrentar." – Maarva
O despertar implica riscos, Cassian sabia disso, mas o destino cuidou disso. Aldhani, é esse epicentro de ebulição de ideias, onde as sementes são plantadas. Cassian se alistou para um exército que nem mesmo ele sabia que havia se alistado.
Mas lembre-se disso: a liberdade é uma ideia pura. Ela surge espontaneamente, sem necessidade de ordens. Atos de insurreição aleatórios acontecem constantemente por toda a galáxia. Existem exércitos inteiros, batalhões, que nem sabem que já se alistaram na causa. – Nemik
O Despertar
Narkina 5, é onde essas sementes passam a brotar, diante a experiência real com a opressão nasce a resignação, e o desejo de fazer algo.
Poder e medo. É assim que o Império se sustenta. É frágil. Previsível.
– Luthen Rael
Essa fala de Luthen expõe a vulnerabilidade do Império, um ponto central no crescimento de Cassian. Narkina 5 foi a condição necessária para que o protagonista, através de sua própria experiência, percebesse que o Império é tão vulnerável quanto poderoso, e que pequenos atos podem enfraquecê-lo. Aqui se encaixa mais uma frase de Nemik: "Até o menor ato de insurreição empurra nossas linhas para frente." É nesse lugar que Cassian passa a entender não apenas a força do Império, mas também sua fragilidade, e como as ações individuais podem iniciar mudanças coletivas. Cassian se torna um símbolo do despertar. Ele mostra que a resistência não precisa ser imediata, mas é inevitável quando a opressão se torna insuportável e o ideal de liberdade se torna maior do que o medo.
A jornada de Andor é, acima de tudo, uma lição sobre o poder da resistência que surge nas pequenas faíscas. De um sono metafórico, onde a indiferença prevalece, até a revolta que, inevitavelmente, se acende no despertar da consciência. Seu maior feito é ensinar que, a luta pela liberdade não precisa ser grandiosa para ser significativa. Cada ato, por menor que seja, carrega em si o potencial de transformar a opressão.
"O que sacrifico? Tudo!" – Luthen Rael
A história de Cassian, assim como o Manifesto de Nemik e o discurso de Maarva, nos mostra que a revolta não é apenas um grito de resistência, mas um despertar pela busca por justiça e liberdade. Cassian, ao longo de sua jornada, descobre que a justiça não é um ideal distante, mas uma chama que arde dentro de todos aqueles dispostos a resistir. O despertar não é apenas sobre lutar, mas sobre entender o peso dos sacrifícios necessários para criar um mundo melhor. É um caminho doloroso, mas inevitável.
E é nessa resistência, nas somas de gestos pequenos, que a verdadeira força do povo se revela. A revolta é o despertar, a recusa de aceitar o status quo, e, como Cassian aprende, é na dor da opressão que nasce a chama da luta.
Para finalizar deixo mais uma frase: "Se você não puder correr, lute. Se não puder lutar, resista. Seja o que for, não ceda." – Kino Loy
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